Um conceito que está conquistando espaço no Brasil é o de escritórios boutiques. Esta tendência é baseada em empresas que optam por atender um número menor de clientes com a intenção de oferecer um serviço exclusivo e de qualidade.
De acordo com o professor de empreendedorismo do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE), Erlon Labatut, esse modelo de negócios pode ser positivo, desde que sejam tomados alguns cuidados no planejamento e gestão dos escritórios boutiques. “Como em todo empreendimento, uma boa ideia é fundamental, mas existe um caminho a ser percorrido para que a ideia se transforme em um negócio lucrativo e sustentável no longo prazo”, diz o especialista.
Os principais benefícios do modelo, na opinião do professor, estão ligados ao atendimento personalizado, que é uma demanda cada vez maior do consumidor e a um custo fixo menor resultante da estrutura enxuta.
“Este tipo de negócio que tem um foco bem definido normalmente consegue concentrar sua energia em poucas coisas, resultando assim em entregas (produtos/serviços) que realmente atendem as necessidades dos clientes gerando grande satisfação, mesmo com uma equipe pequena”, detalha.
Este conceito está alinhado à outras tendências que já estão mais bem consolidadas, de acordo com Labatut. Ele diz que negócios que envolvem habilidades e sensibilidades humanas são mais difíceis de serem automatizados, assim deixando de ser interessantes para grandes empresas, que têm foco no volume. Empresas pequenas, por outro lado, podem tirar proveito disto, atendendo nichos com necessidades específicas e que estejam dispostos a pagar um pouco mais por isto. “Como uma estrutura pequena, mesmo que o número de clientes não seja grande o negócio pode ser bastante lucrativo”, conta o professor.
O professor do ISAE acredita que este mercado de escritórios apresenta uma tendência de crescimento, tendo em vista que existem vários nichos que podem ser atendidos, ao mesmo tempo que é crescente a demanda por serviços diferenciados. “Existe um desafio que é o cenário de crise em que vivemos atualmente, se a economia melhorar as expectativas são muito boas, caso a crise continue ou até se agrave o crescimento deste tipo de negócio deve ser também impactado”, conclui.
Fonte: Economia - iG @ http://economia.ig.com.br/2017-02-23/escritorios.html